sábado, 17 de dezembro de 2011

Retina

Retina é uma parte do olho dos vertebrados responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico.

Organização

Em cada retina há cerca de 120 milhões (Gazzaniga, 2007:153)de foto-receptores (cones e bastonetes) que libertam moléculas neurotransmissoras a uma taxa que é máxima na escuridão e diminui, de um modo proporcional (logarítmico), com o aumento da intensidade luminosa. Esse sinal é transmitido depois à cadeia de células bipolares e células ganglionares.

Existem cerca de 1 milhão de células ganglionares e são os seus axónios que constituem o nervo óptico. Há, portanto, cerca de 100 fotoreceptores por cada célula ganglionar; no entanto, cada célula ganglionar recebe sinais que provêm de um «campo receptivo» na retina, aproximadamente circular, que abrange milhares de fotorreceptores.





Entre os fotoreceptores e as células bipolares, há uma camada de células horizontais (a amarelo na figura) ligadas a eles e ligadas entre si de modo que o potencial de cada uma delas é uma média pesada do das suas vizinhas (sendo o peso das mais proximas maior). Cada célula bipolar recebe entradas de um fotoreceptor e de uma célula horizontal e produz um sinal que é proporcional à diferença entre os sinais logarítimicos produzidos pelas duas células; o que equivale a dizer que é um sinal com muito menor gama dinâmica, porque é uma razão entre a intensidade local e a iluminação de fundo na vizinhança, independentemente, por isso, do nível absoluto de iluminação. Como resultado disso, áreas grandes da retina com iluminação uniforme produzem sinais muito fracos, enquanto áreas de maior variação, como é o caso dos contornos dos objectos, resulta em sinais fortes. Ou seja, a retina detecta essencialmente variações de luminosodade.
O sistema de fotoreceptores responde a uma alta gama dinâmica - com variações de iluminação de de 1 para 1 milhão. Os bastonetes são apenas sensíveis a baixos níveis de iluminação mas os cones, que são sensíveis a altos níveis de iluminação, respondem dentro de uma gama de intensidades que varia com a iluminação média da cena observada. É isso que nos faz sentir ofuscados quando a intensidade luminosa aumenta de repente.
As células bipolares têm uma gama dinâmica muito mais baixa - só precisam de responder a um sinal proporcional à razão entre a intensidade local e a iluminação de fundo. Deste mecanismo sensorial resulta um efeito de adaptação enorme.
Como as células horizontais têm uma resposta relativamente lenta, quando um fotoreceptor detecta um objecto em movimento, elas ainda têm informação sobre a situação anterior; e isso faz com que o sinal de saída das células bipolares, que passa depois através da camada das células amacrinas (camada a violeta na figura) para as células ganglionares, contenha informação útil para a detecção de movimento.





Calázio

Calázio é o nome dado ao cisto da pálpebra causado pela inflamação de uma das glândulas que produzem material sebáceo (glândulas de Meibomius) localizadas nas pálpebras superior e inferior. Às vezes é confundido com o hordéolo (terçol), que também aparece como uma tumefação na pálpebra.

O calázio é uma reação inflamatória ante uma obstrução da secreção sebácea pela glândula. Não é causada pela presença de bactérias, embora a área afetada possa ser infectada posteriormente.


Sintomas

O calázio tende a desenvolver-se mais comumente nas bordas palpebrais e tende a "apontar" para o interior da pálpebra. Em alguns casos, pode causar uma inflamação aguda de toda a área devido à bactérias e se tornar contagioso.

Tratamento


O tratamento é feito por um dos métodos citados abaixo, ou por uma combinação destes.
-Compressas mornas aplicadas sobre a pálpebra fechada e com um pano limpo umedecido em água morna durante 5 a 10 minutos, por 3 ou 4 vezes ao dia. Em geral, desaparece em algumas semanas.
-Injeção de esteróides podem ser eficazes quando persiste um nódulo pequeno após a realização das compressas mornas.
-Excisão cirúrgica: um calázio de grande tamanho o qual não respondeu a outros tratamentos pode ser removido cirurgicamente uma vez que a inflamação inicial já tenha diminuído.


Complicações

Um calázio grande pode causar astigmatismo devido à pressão na córnea. O astigmatismo irá se resolver com a resolução do calázio.




Blefarite

Blefarite é uma inflamação não contagiosa das pálpebras. É normalmente caracterizada pela produção excessiva de uma camada lípidica (óleo), gerada por uma glândula encontrada na pálpebra, criando uma condição favorável para o crescimento bacteriano.
Eventualmente, a blefarite poderá afetar a visão.
Possui como sintomas :
Prurido (coceira);
Irritação ocular;
Sensação de corpo estranho;
Lacrimejamento;
As pálpebras superior e inferior ficam cobertas por detritos oleosos e bactérias em torno da base dos cílios, podendo levar à sua perda.

Com fácil diagnóstico que é feito por meio de um exame de rotina com um Oftalmologista.



Cuidados e recomendações

-Tenha sempre as mãos limpas e unhas aparadas quando for fazer a limpeza.
-Pelo menos duas vezes ao dia, aplique compressas mornas sobre as pálpebras fechadas, durante 2 a 3 minutos.
-Com a ponta do seu dedo envolvida por um pano fino ou com um cotonete, esfregue com delicadeza a base dos cílios de cada pálpebra.
-Não use maquiagem. Isso pode piorar a irritação ocular.
-É importante fazer a limpeza freqüente das pálpebras. Isso ajuda no controle da blefarite.
-Evite alimentos gordurosos.


Humor aquoso

humor aquoso é o líquido incolor, constituído por água (98%) e sais dissolvidos (2%) - predominantemente cloreto de sódio - que preenche as câmaras oculares (cavidade do olho, entre a córnea e o cristalino). Ele é produzido incessantemente, com valor médio de 3 ml por dia, no processo ciliar, uma região recoberta por uma camada de células epiteliais, que transportam ativamente o humor aquoso desses processos ciliares para a parte posterior da córnea e à parte anterior da íris. Para manter a pressão do globo ocular constante, é drenado da região trabecular para o um vaso chamado "canal de schlemm's", que circunda todo o olho, na qual está ligado à veia episcleral pelo arqueduto venoso.
Atrás da córnea existe um fluido chamado de humor aquoso. Esse fluido determina a pressão intra-ocular que em condições normais é menor que 22 mmHg (22 torr). Este fluido é produzido continuamente, cerca de 5 ml por dia, sendo o excesso eliminado pelo canal de Schlemm. Um problema de drenagem por este canal pode levar à cegueira, pois com o aumento da pressão intra-ocular a irrigação da retina é dificultada, o que leva à morte as células sensoriais. A esta patologia se dá o nome de glaucoma. Após o humor aquoso encontramos a íris de cor verde, azul, castanha ou cinza que funciona como diafragma, isto é, regula a quantidade de luz que penetra no olho. A abertura por onde passa a luz chama-se pupila (menina dos olhos). O diâmetro da pupila pode variar de 1,5mm a 8,0mm, sendo que são necessários cerca de 5 segundos para a pupila se contrair (miose) ao máximo e 300 segundos para se dilatar (midríase) ao máximo.



Humor vítreo

humor vítreo, também conhecido por corpo vítreo do olho ou simplesmente por vítreo, é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células, que se encontra na câmara posterior, entre o cristalino e a retina, sob pressão, de modo a manter a forma esférica do olho.
O humor aquoso é o líquido incolor, constituído por água (98%) e sais dissolvidos (2%) - predominantemente cloreto de sódio - que preenche as câmaras oculares (cavidade do olho, entre a córnea e o cristalino). Ele é produzido incessantemente, com valor médio de 3 ml por dia, no processo ciliar, uma região recoberta por uma camada de células epiteliais, que transportam ativamente o humor vítreo desses processos ciliares para a parte posterior da córnea e à parte anterior da íris. Para manter a pressão do globo ocular constante, é drenado da região trabecular para o um vaso chamado "canal de schlemm's", que circunda todo o olho, na qual está ligado à veia episcleral pelo arqueduto venoso



Arco senil ou gerontoxo

Arco senil, ou gerontoxo, é a presença de um anel opaco esbranquiçado na região periférica da córnea (junção esclerocorneal), ao redor da íris.
Apresenta-se em aproximadamente 60% das pessoas acima de 60 anos e em quase todos os indivíduos maiores de 80 anos. Porém, mais raramente, pode aparecer em pessoas de qualquer idade, até em recém-nascidos. É resultado de um depósito de células de gordura na região e as causas podem ser hereditariedade, hipercolesterolemia ou mesmo não ter nenhuma explicação conhecida.
Vale ressaltar que essa alteração não afeta a visão nem a saúde do indivíduo, diferentemente do arco juvenil, que é um alteração ocular semelhante, mas associada a colesterol em pessoas com menos de 40 anos.



Íris

Em anatomia, a íris é a parte mais visível (e colorida) do olho de vertebrados.
Existe um orifício em seu centro, chamado de pupila, cuja função é controlar a quantidade de luz que entra no olho. Em um ambiente com muita luz, ocorre a miose (diminuição do diâmetro da pupila), ao passo que, com pouca luz, ocorre a midríase (aumento do diâmetro da pupila).
Algumas pessoas (geralmente adultos maduros a partir dos 40 ou 50 anos) apresentam uma descoloração em forma de um círculo acinzentado ou esbranquiçado visível ao redor da íris denominada arco senil, que é causada por depósitos de células de lipídios (gordura) nas camadas profundas da córnea periférica sem ser contudo uma condição preocupante, já que é apenas um sinal do envelhecimento natural do corpo na maior parte dos casos. Entretanto, uma descoloração similar da íris dos olhos em adultos jovens, com menos de 40 anos, denominada arco juvenil, é frequentemente associada com altas taxas de colesterol no sangue, o que deve ser avaliado por um médico.